Em Três Rios, paixão pelo xadrez é transmitida de pai para filhas
Pediatra Patrick Monnerat aprendeu o esporte na juventude; no Clube de Xadrez da cidade ele ensina jogadores de todas as idades
Patrick coordena o Clube de Xadrez de Três Rios
(Foto: Patrick Monnerat/Arquivo Pessoal)
Em Três Rios é assim: o amor pelo xadrez é transmitido de pai para
filho. Para filhas, na verdade. Desde 2007 o pediatra Patrick Monnerat,
de 37 anos, se divide entre as atividades no consultório e o Clube de
Xadrez da cidade. Morador de Três Rios desde 2003, ele passa às filhas
Ana Clara, de 10 anos, e Clarice, de 14, a paixão pelo jogo. Aprendizes
empenhadas, elas são destaques nas categorias sub-12 e sub-14 em
competições estaduais, respectivamente.(Foto: Patrick Monnerat/Arquivo Pessoal)
- As duas tomaram gosto pelo esporte e isso é muito gratificante. Elas já participaram de competições em Londrina, Poços de Caldas e Catanduvas, inclusive vencendo algumas etapas - comentou o pai, orgulhoso.
E as meninas têm a quem puxar. Seguindo uma tradição familiar, Patrick aprendeu a jogar quando tinha 12 anos, ensinado pelo pai, João Luiz. Na ocasião, ele ainda morava em Leopoldina(MG), sua cidade natal.
- O esporte está enraizado na nossa família há várias gerações. Minha infância e adolescência foram marcadas pelo xadrez. A história teve início com meu bisavô, que ensinou o esporte ao meu avô - revelou.
Com tanto envolvimento pelo xadrez, o pediatra garante que a paixão não gera brigas em casa. De acordo com Patrick, apesar de Olga, a esposa, não competir como o marido e as filhas, ela não se cansa de torcer pelo sucesso deles.
- Minha esposa sabe as regras do jogo, tem algumas noções sobre o esporte, mas não pratica. Nas competições que participamos, ela nos apoia e fica sempre na torcida.
Cidade nova, velhos hábitos
João Luiz Monnerat ensinou xadrez ao filho, Patrick
(Foto: Patrick Monnerat/Arquivo Pessoal)
Quando chegou à cidade, Patrick era recém-graduado em medicina. Ele
havia feito um plantão na cidade, quando ainda era médico-residente. O
desempenho satisfez os superiores e resultou em uma proposta de trabalho
permanente na cidade. Quatro anos depois, o pai de Patrick também
chegou ao município.(Foto: Patrick Monnerat/Arquivo Pessoal)
- Nós fomos uma vez no Sesc, onde ele viu algumas pessoas jogando e logo se animou. Daí para integrar o Clube de Xadrez foi um pulo. Hoje meu pai é um dos componentes do clube, e participa ativamente, seja na logística da equipe ou na prática do esporte - revelou, indicando que os 67 anos de João Luiz não são empecilho.
O médico disse que a "fama" de dirigente do Clube de Xadrez chegou ao cotidiano do consultório. Ele revelou uma situação inusitada.
- É comum que algumas mães me procurem, buscando encaixar os filhos no esporte. Elas costumam se queixar que as crianças sofrem com a falta de concentração ou mesmo hiperatividade - contou, garantindo que o resultado não tarda a chegar.
Apaixonado pelo esporte, Patrick elegeu sua peça favorita:
- Entre todas eu prefiro a dama, com certeza. Pela polivalência que ela apresenta, é a peça que pode oferecer mais perigos ao adversário - ensinou.
Clarice Monnerat: jovem tem se destacado na categoria sub-14 (Foto: Patrick Monnerat/Arquivo Pessoal)