sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

169- E-mail de Diretor da Federação

Recebi e-mail abaixo assinado pelo Sr. Diretor de Relações Públicas da FEXERJ. É uma resposta a um e-mail esdrúxulo de um desses fakes que rondam por aí [por princípios, não publico neste blog: 1) postagens anônimas ou de fakes; 2) postagens de quem julgo mau-caráter (direito meu, o blog é meu!)], "Agnus-Dei". Como o remetente assina como diretor da entidade, é pertinente a publicação neste blog para apreciação de um escopo maior de interessados.
Não discuto a questão dos fakes, a quem me aborrecem também mas inerentes a nossa comunicação moderna via internet (responsabilidade maior de quem publica esses comentários). O que me causou certa estranheza foi uma relativa desqualificação dada pelo Sr. Diretor da Fexerj a tudo que vem sendo discutido nos últimos tempos.
Não adianta se fixar nos fakes e anônimos. A aparição deles é diretamente proporcional à falta de transparência.
Este blog ainda não sabe a "verdade" mas quer vê-la transparente o mais rápido possível. Por isso que urge uma AGE.
Os grifos (em vermelho) no texto do Sr. Diretor da Fexerj são meus para pontuar o que julgo merecer algumas reflexões.
Ratifico: não publico mensagens de anônimos ou fakes!!!

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E-MAIL DO SR. DIRETOR DE RELAÇÕES PÚBLICAS DA FEXERJ

Não há nada mais descabido que esse tipo de acusação infundada e sem provas. Sei que existe algo no Xadrez do RJ a que se dá o nome de oposição,mas acredito que, neste caso, o nome mais apropriado seria palhaçada. Nada além disso. Um bando de palhaços anônimos, com um monte de palhaçadas em seus repertórios. Não vejo mais que isso. Costumo ouvir de amigos que o Brasil é - desculpem a expressão - um país de merda. E é cada vez mais difícil discordar. Esse tipo de atitude, caráter e objetivo só ratificam a teoria de que somos um país de quinta categoria...Onde seria possível fazer tantas suposições, acusações e ofensas impune, leviana e anonimamente? Só aqui...Pelo que já pude observar, algumas das condutas praticadas nas últimas semanas serão apuradas e punidas. Isso ocorrerá por diversas razões. Dentre elas, o fato de não haver fundamento para as acusações realizadas e a existência de provas documentais que eivam de licitude a atual gestão da FEXERJ. Praticar essa política sórdida, através de pessoas que nem sabem escrever corretamente, é subestimar a capacidade intelectual da atual Diretoria da FEXERJ e de seu Presidente. Porém, mais grave, é querer que a maioria dos praticantes de nosso esporte - normalmente pessoas instruídas e capazes - acreditem em acusações anônimas sem que exista um mínimo de respaldo. A Federeção de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro é dotada de representantes e tem a assistência de advogados competentes. Para maiores esclarecimentos, todas as providências necessárias, no intuito de informar todos os enxadristas interessados, estão sendo executadas.
Àqueles que ainda insistem em criticar e acusar em vão, desejo melhor sorte nas próximas tentativas. Recomendo, inclusive, que utilizem os meios legais corretos, pois, além de serem transparentes, reservam responsabilidades para todas as partes.

Att.André Kemper Diretor de RP da FEXERJ

P.S.: Sobre o nome do Diretor de meu clube, Sylvio Rezende, creio queo comentário é. no mínimo infeliz. E olha que eu sou sócio do clube háapenas 28 anos... e já sei disso...

168- Novo texto de Alfredo Santos

De omnibus est dubitandum

Alfredo Pereira dos Santos

Eu não conheço quem não tenha falado uma besteira na vida. A pessoa pode ser dessas de quem se diz ser genial, mas, procurando-se direitinho acha-se uma bobagem que ela tenha dito.

O problema é que bobagens ditas por pessoas de renome vivem sendo repetidas por pessoas anônimas que acham que tais bobagens, pelo fato de terem sido ditas por pessoas supostamente cultas e inteligentes, refletem algum tipo de sabedoria e conhecimento de causa.

Na verdade, aceitar como válido o argumento de uma pessoa baseado na autoridade daquela pessoa em outros campos, alheios ao campo do que está sendo dito, é uma conhecida falácia, que em lógica chama-se argumentum ad verecundiam. Ou seja, o Argumento da Autoridade.

Não faz muito tempo o doutor Dráuzio Varela, uma reconhecida autoridade em medicina, teceu considerações sobre a questão demográfica brasileira, que não é da sua especialidade. Conclusão: cometeu equívocos e destilou preconceitos.

Fosse o Drauzio um ilustre desconhecido a imprensa jamais daria destaque à sua opinião. Mas sendo ele quem é a mídia reproduz o seu pensamento. E como aqueles que leram ou escutaram o que ele disse entendem tanto de demografia quanto ele, formam opinião com base no que ele disse.

Atribuem ao Millôr Fernandes uma frase que, na verdade, é do Miguel de Unamuno. É a seguinte: "O xadrez é um excelente exercício que aumenta a capacidade de... jogar xadrez". Uma variante dessa frase é: "Quanto mais uma pessoa joga xadrez mais ela desenvolve a sua capacidade de... jogar xadrez".

A única utilidade de frases desse tipo é servir de argumento (falacioso) para algumas pessoas que não gostam ou tem algum preconceito contra o xadrez.

Ademais, ela insinua que o xadrez é perda de tempo.

Na verdade são duas frases equivocadas. Por várias razões:

1) O xadrez não é, necessariamente, um exercício. Pode ser um passatempo ou um vício (droga). E até um pretexto. Na Idade Média jogar xadrez era um motivo aceitável para que um cavalheiro entrasse nos aposentos de uma dama.

2) É falso que quanto mais uma pessoa jogue xadrez mais aumente a sua capacidade de jogá-lo. Uma pessoa pode jogar xadrez a vida toda sem que a sua compreensão do jogo e a capacidade de jogar aumente. No início do aprendizado a pessoa experimenta progressos mas como este progresso não é uma função crescente no tempo ele tende, assintoticamente, para um limite. É como a altura de uma pessoa. No início da vida a altura vai aumentando mas tem uma hora em que a pessoa pára de crescer. O quanto uma pessoa irá crescer dependerá de vários fatores, como alimentação, hereditariedade, etc. Mas, seja o que for, nunca iremos além de um certo limite.

3) Dizer que a prática do xadrez só serve para para "aumentar a capacidade de jogar xadrez" é falsa também. Façamos uma analogia. Será que a prática da natação só serve para aumentar a capacidade de nadar? Conheço gente que, quando começou a nadar, não passava de 200 metros por dia mas, com o tempo, chegou a 2000 metros. Talvez esses 2000 metros por dia fossem o limite para essa pessoa, mas não foi apenas a sua capacidade de nadar que aumentou. Ela perdeu peso, teve a sua resistência aumentada e, com melhor saúde e disposição, pode desincumbir-se melhor das suas atividades cotidianas, que nada tinham a ver com a natação. Então, quem poderia dizer que a natação só serviu para aumentar a capacidade de nadar?

Médicos dizem que os exercícios mentais são importantes na prevenção de certas conseqüências indesejáveis do envelhecimento. Ora, o xadrez pode ser um exercício mental (embora não necessariamente, como já vimos). E o velho que o pratique, motivado por tais argumentos, não estará em busca de um melhor jogo, mas tão somente querendo "dar trabalho" à sua mente. Vai usar o xadrez como exercício mas este não irá, necessariamente, fazer aumentar a sua capacidade de jogar embora possa lhe trazer benefícios.

Por outra lado, em muitos paises o xadrez é adotado nas escolas não para que os alunos "adquiram a capacidade de jogar mais e mais xadrez", mas sim porque os defensores do xadrez nas escolas argumentam que o xadrez desenvolve hábitos de concentração que irão ajudar os alunos em outras áreas, como matemática e idiomas. O que não exclui a possibilidade de um aluno revelar algum talento especial para o jogo e vir a ser um grande jogador, o que poderá lhe proporcionais vantagens adicionais.

O que tanto o Millôr quanto o Unamuno esqueceram é que existem efeitos colaterais quando se melhora a capacidade de fazer alguma coisa.

Quanto mais um técnico de manutenção de computadores conserta computadores mais aumenta a sua capacidade de consertar computadores. A essa frase aplica-se os mesmo critérios aplicados às anteriores. Sempre haverá um limite na capacidade de consertar computadores. Mas esse técnico terá, como resultado adicional de seu aprendizado, a possibilidade de ganhar dinheiro. Poderá também economizá-lo, consertando o próprio computador. Adquirirá prestígio, etc.

Muitas pessoas, de todas as idades, jogam xadrez pelo mundo a fora. Não me parece que elas façam isso porque são obrigadas. O mais provável é que o jogo lhe proporcione alguma espécie de prazer, lhes satisfaçam alguma necessidade interior. Para elas o jogo não é exercício nem elas estão preocupadas se vão melhorar o seu nível de jogo. Pelo contrário, conheço pessoas que sabem que chegaram ao seu limite no jogo e não se empenham mais em aprender. Elas querem simplesmente jogar. É isso o que importa: a pessoa fazer o que gosta, de uma forma socialmente aceita, sem prejudicar quem quer que seja.

Alguém que desenvolveu um bom nível de xadrez pode perfeitamente conquistar prestígio e dinheiro, dando aulas, escrevendo livros, disputando torneios. Então, é certo que o xadrez deu a esse alguém mais do que a capacidade de jogar.

Um peladeiro "perna de pau" de campo de várzea (que nem deve existir mais entre nós) sabe que, por mais que se empenhe, jamais chegará a ser um Pelé, um Garrincha, um Leônidas. E daí? Deverá ele desistir do jogo apenas porque a sua capacidade é limitada? A prática do futebol não lhe garantirá uma capacidade melhor de jogar. Porém, mais do que isso, lhe dará prazer. O mesmo vale para o xadrez.

Prazer, essa é a palavra chave que tanto o Unamuno quanto o Millôr não levaram em consideração.
Se fosse verdade que "quanto mais uma pessoa joga futebol mais ela desenvolve a sua capacidade de jogar futebol" então qualquer "perna de pau" chegaria a ser Pelè ou Garrincha.

Vamos generalizar a frase do Millôr e submetê-la à crítica da Lógica: "quando mais uma pessoa realiza uma dada atividade mais aumenta a sua capacidade de realizar aquela atividade".

Como já foi visto, essa é uma generalização que não se sustenta. Se é verdade que nos estágios iniciais do aprendizado de qualquer coisa um grande progresso pode ser verificado, este não vai se dar indefinidamente. A frase não é verdadeira, nem no caso geral, nem no caso específico do xadrez.

Quanto à questão da "perda de tempo" eu gostaria de dizer que se pode perdê-lo de muitas e variadas maneiras. Cito umas poucas:

1) Ficando horas e horas em frente à TV.
2) Jogando conversa fora na esquina.
3) Disputando o "jogo dos palitinhos".
4) Falando da vida alheia.

Não me parece que as pessoas que se dediquem às atividades acima mencionadas achem que estão perdendo tempo. O conceito é, pois, relativo. O que significa "perder tempo"? Os que estão interessados na produção acham que o que as pessoas mais fazem na vida é perder tempo. E as que vivem oprimidas pelo trabalho querem mais é perder tempo. De qualquer forma arrisco-me a fazer um comentário sobre a TV. Existem inúmeros trabalhos mostrando que TV não é coisa boa para as crianças. Para os velhos também não, pois pode acelerar certos processos degenerativos mentais associados ao envelhecimento. Imagino que o Millôr não diria que "quanto mais uma pessoa vê TV mais aumenta a sua capacidade de ver TV". E muito menos que a TV é um exercício mental. Mas se ele, quando fala do xadrez, está preocupado com o que ele supõe seja perda de tempo, então daria uma grande contribuição social se criticasse a enorme perda de tempo que ocorre quando se fica diante da TV longos períodos de tempo. Mas, ainda assim, correria o risco de ouvir alguém dizer "perda de tempo para quem, cara Pálida?"
O que, para uns, é perda de tempo, para outros é, pura e simplesmente, PRAZER.
Frase por frase, eu fico com a do Goethe: "O xadrez é a ginástica da inteligência".

Encerro com outra frase, que também não é minha.

"As pessoas deveriam aprender Lógica nas escolas para que não tivessem que raciocinar pois, se o fizerem, é fatal que raciocinarão errado".

Bertrand Russell, in Behaviorismo e Valores

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

167- Maiakowsky, consultor esportivo!

Maiakowsky esteve no camarote de Caras (!! sim senhores, o revolucionário e esquerdista Maiakowsky sucumbiu às futilidades!) na Sapucaí. Muitas beldades por lá, entre elas a inigualável Gisele Bundchen (é muito bonita mesmo e simpatissíssima!) mas não deu para rolar o encontro entre mim e a bela!
Acabei prestando uma consultoria esportiva grátis a Ruuuuuubinhooooooo Barrichelo! Nossas carreiras esportivas são similares, sabem, e pude passar meu know-row para ele! muito gente fina o Rubinho!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

166- Projeto de Lei

Dirigentes desportivos no Brasil só podem ser reeleitos uma vez
A Câmara de Deputados do Brasil analisa o Projeto de Lei 4397/08, do deputado Geraldo Magela (PT-DF), que impõe o limite de uma única reeleição para dirigente eleito de confederações, federações e clubes desportivos. A proposta, que modifica a Lei Pelé (Lei 9.615/98), estende esse limite a quem houver sucedido o dirigente no curso do mandato. A proposta também torna inelegíveis, na sucessão do dirigente, seu cônjuge e seus parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção.

Magela argumenta que a reeleição ilimitada desses dirigentes tem provocado distorções. Ele afirma que a expectativa de continuidade de administrações oportunistas incentiva a realização de pleitos com pouca transparência, práticas administrativas irresponsáveis, corrupção e dilapidação do patrimônio da associação. «Tudo em detrimento da profissionalização da prática desportiva, do fortalecimento dos clubes, do espetáculo desportivo, do incentivo a modalidades menos populares», assinala.

Ler o artigo completo no sítio da Câmara dos Deputados do Brasil

Ler o Projecto nº 4397/2008,
Altera os arts. 23 e 55 da Lei nº 9.615, de 24 de Março de 1998, que “Institui normas gerais sobre desporto e dá outras providências”.

Explicação da Ementa: Impõe limite de uma reeleição para o dirigente eleito das confederações, federações e clubes desportivos ou quem o houver sucedido no curso do mandato e determina a inelegibilidade de cônjuge e parentes cosangüíneos ou afins até o segundo grau ou por adoção. A altera a composição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva incluindo um membro indicado pelo conjunto das entidades regionais de administração e outro pelas seccionais da OAB, respeitando sistema de rodízio entre os Estados.

No Brasil como em Portugal para combater a irresponsabilidade, o oportunismo e a falta de transparência é preciso limitar o mandato dos dirigentes desportivos.

É uma medida importante e adequada às situações que se vivem nas associações desportivas, mas, não chega. É preciso ir mais longe e ser mais rigoroso com as inelegibilidades e incompatibilidades que “matariam” certos fenómenos logo à nascença.

Nota de Maiakowsky: texto tirado de http://aladerei.e-xadrez.com , excelente blog de Portugal!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

165- VAMOS PARA A ASSEMBLÉIA !!

Faço minhas as palavras abaixo do colega Blanco da ALEX. Eu escrevi em um post anterior que as soluções dos nossos problemas serão de baixo para cima, ou seja, os Clubes resolverão. Urge fazer a Assembléia Geral Extraordinária. Os Clubes devem e merecem ser protagonistas deste processo.
Assembléia será o forum da busca da verdade das questões objetivas que estão à baila, com garantias da ampla defesa.
Evitar a Assembléia configura golpe pela continuidade e confissão implícita das acusações que estão sendo feitas.
Diretores de Clubes: assinem a convocação da AGE!

O forum adequado
Podemos falar o que for do mundo enxadrístico, mas não que haja ingênuos no pedaço.
Se, isso levando em tese, alguém cair no conto do vigário de que uma AGE é tentativa de golpe só pode estar fulanizando as coisas e, no limite, transferindo sua prerrogativa para outras pessoas. A perda da altivez e autonomia importa necessariamente em criar uma lógica que tranforma o futuro em refém de caprichos inconfessáveis.
Cada qual sabe de si e deve ter a hombridade de se posicionar e ser julgado pelo que faz, diz, cala e omite.
Eu continuo acreditando piamente que os clubes podem ter um papel protagonista e não subalterno para decidir os destinos do xadrez deste Estado.
Vi alguns arrostando que era só marcar dia e hora para disputar e arrasar com qualquer suposto adversário.
O que temem quando se convoca uma AGE, que nada mais é do que o local correto para se superar o impasse hoje existente no xadrez do Rio de Janeiro.
Associar uma AGE com movimentos de atraiçoamento é, no mínimo, querer nivelar a todos por baixo.
Todos para a AGE. Se deixar intimidar é se vender por pouco! Nada como o bálsamo revigorante de uma discussão franca e pública existente numa AGE para que as coisas voltem aos trilhos.
Blanco

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

164-Baú do Esporte (ou, não queremos 6 por meia dúzia!)!





Prezados leitores Maiakowskynianos, recordar é viver! Basta clicarem com o mouse sobre as folhas para abrirem o baú do esporte dos idos de 97! Boa leitura!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

163- Novos blogs

Dois novos blogs na área: do são-paulino Joca de Deus e do MI Everaldo Matsuura. Neste último as postagens são aulas de alto nível! os links desses blogs estão na lista de links de Maiakowsky.

Em breve boas entrevistas!

Boa semana a todos!!

162- Vamos Federer!




Nas vitórias e nas derrotas este blog continua fã do cara da foto!
Mas foi triste...o que acontece??