quarta-feira, 6 de agosto de 2014

1429- A VOLTA DO XEQUE.NET

O MF Dirceu Viana reativou o Xeque.Net (agora no Facebook), um espaço de crônicas inteligentes e alta qualidade na informação. Link AQUI.
Segue a primeira crônica.

De volta! O primeiro post vai ser sobre Botvinnik, com quem ando conversando antes de dormir. Mas o pano de fundo é o poder, ou melhor, a política, que também ocupa a vida de muita gente no xadrez. Onde há poder, há política. Já o que se faz dela é outra história. 

Estou falando do livro “Mikhail Botvinnik, a vida e as partidas de um campeão do mundo” (em inglês), editora McFarland, 274 páginas na capa dura. Trata-se de uma releitura da carreira do grande campeão escrita pelo GM americano Andrew Soltis, ex-repórter em Nova York. As partidas selecionadas são até dispensáveis, pois há literatura mais qualificada, mas o olhar contextualizado e os muitos detalhes curiosos da carreira do "pai do xadrez soviético" são tempero novo em comida requentada.

Uma passagem que me chamou a atenção foi o boicote que o então campeão do mundo, o primeiro na história de seu país, sofreu em 1952. Por ter acumulado resultados ruins desde o match com Bronstein, em 1951, Botvinnik foi literalmente excluído das Olimpíadas de Helsinque. Além do time principal - Kotov, Keres, Geller, Bronstein e Smyslov - forças ocultas (sempre elas!) do Kremlin trabalharam pela exclusão do campeão.

Moral? Quando a política domina a meritocracia, as distorções aparecem. Estamos cheios de exemplos por aí. O problema é que há poucos Botvinniks nas redondezas para dar a volta por cima. O do livro, sabemos o que conseguiu depois. Já os da atualidade, precisamos encontrá-los urgentemente!

Foto: E APRONTARAM COM BOTVINNIK...

De volta! O primeiro post vai ser sobre Botvinnik, com quem ando conversando antes de dormir. Mas o pano de fundo é o poder, ou melhor, a política, que também ocupa a vida de muita gente no xadrez. Onde há poder, há política. Já o que se faz dela é outra história. 

Estou falando do livro “Mikhail Botvinnik, a vida e as partidas de um campeão do mundo” (em inglês), editora McFarland, 274 páginas na capa dura. Trata-se de uma releitura da carreira do grande campeão escrita pelo GM americano Andrew Soltis, ex-repórter em Nova York. As partidas selecionadas são até dispensáveis, pois há literatura mais qualificada, mas o olhar contextualizado e os muitos detalhes curiosos da carreira do "pai do xadrez soviético" são tempero novo em comida requentada. 

Uma passagem que me chamou a atenção foi o boicote que o então campeão do mundo, o primeiro na história de seu país, sofreu em 1952. Por ter acumulado resultados ruins desde o match com Bronstein, em 1951, Botvinnik foi literalmente excluído das Olimpíadas de Helsinque. Além do time principal - Kotov, Keres, Geller, Bronstein e  Smyslov -  forças ocultas (sempre elas!) do Kremlin trabalharam pela exclusão do campeão.

Moral? Quando a política domina a meritocracia, as distorções aparecem. Estamos cheios de exemplos por aí. O problema é que há poucos Botvinniks nas redondezas para dar a volta por cima. O do livro, sabemos o que conseguiu depois. Já os da atualidade, precisamos encontrá-los urgentemente!

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