O dia que o mundo esqueceu
“Em 11 de setembro, inimigos da liberdade cometeram um ato de guerra contra nosso país e, à noite, o mundo era outro, um mundo onde a própria liberdade estava sendo atacada”.
A frase acima poderia ser de um norteamericano, mas não. Ela veio do Chile, em 1973, em um 11 de setembro que a imprensa não lembra. Foi o dia em que militares chilenos, financiados e organizados pelo governo americano, derrubaram o presidente eleito Salvador Allende. Um exemplo que reflete a história dos governos americanos: uma repetição sistemática de intromissão em assuntos de outros países, financiamento de golpes militares, toda sorte de violências contra outros povos e guerras contra quem bem entender, em nome da defesa de seus interesses econômicos, às vezes chamados de “democracia”. A regra é derrubar governos e substituí-los por marionetes, mesmo que isto gere milhares de torturados e de assassinados por anos a fio.
A história se repetiu na organização de vários golpes militares. Além do Chile, Guatemala em 1954, Brasil em 1964 e Venezuela em 2002, para citar alguns exemplos. Geralmente contra governos eleitos. Já disse Henry Kissinger, “não vejo porque devemos ficar de braços cruzados e observar um país tornar-se comunista por causa da irresponsabilidade de seu próprio povo” (Hauser, Thomas; Desaparecido; p. 28).
O outro 11 de setembro serviu de pretexto para derrubar governos no Afeganistão e no Iraque, além da ameaça permanente à Síria, Líbia, Coréia do Norte e Irã. No caso do Iraque, agora a imprensa reconhece que nem as armas de destruição em massa, nem as ligações de Saddam Hussein com a Al-Qaeda existiam, desmentindo os motivos para as guerras de Bush júnior. Mas os mortos já se contam aos milhares. E continuam a crescer.
Cuba sofreu vários ataques além do embargo comercial promovido pelos EUA. Na Nicarágua, o governo americano armou e patrocinou os contras, mercenários que se revezavam em atentados. No Vietnam, os americanos guerrearam quase uma década para impedir a instalação do regime comunista, causando a morte de dois milhões de pessoas.
Não se trata de maior ou menor simpatia por este ou aquele governo ou país. Mas da indignação diante dos ataque aos povos e o desrespeito a sua autodeterminação, fatos sempre esquecidos pela imprensa, que só quer que lembremos das torres gêmeas. Nenhuma surpresa. A imprensa brasileira se contenta em repetir as notícias editadas nos grandes meios americanos e europeus, como demonstra muito bem o jornalista Carlos Dorneles em seu livro “Deus é Inocente, a Imprensa Não”.
Vítimas por vítimas (e todas são lamentáveis), existem milhares de vítimas a mais nos países agredidos pelos americanos. Mas estes não são lamentados nem lembrados. Talvez por serem de países pobres, pessoas sem nome, sem passado, sem futuro. Descartáveis.
Depois de tanta violação aos direitos de outros povos, não deveria surpreender um ataque em solo americano, como o do World Trade Center. Afinal, sabemos o risco para quem semeia vento.
texto de Alex Borba dos Santos, amigo de Porto Alegre, RS.
4 comentários:
Realmente vc tem toda a razão.A mídia brasileira é altamente envolvida com o capital estrangeiro,e isso ficou claro para mim no caso da coca-cola x Dolly.O Dono do refrigerante dolly recebeu proposta de venda de sua empresa e recusou-se a vendê-la para a Coca-cola e aí, começou a receber ameaças de morte.O Dono do Dolly gravou as ameaças e as levou para o congresso nacional,a época apenas a rede tv divulgou o fato, a rede globo não deu uma linha de notícia.Esta é a nossa imprensa, mentirosa, torpe e impudica como a fexerj.
Mas a informática está aí.Eu amo a informática, pois através dela, não estamos mas dependentes dos grandes veículos de comunicação.Através da internet já tivemos grandes informações ao público, agora podemos escutar nossas músicas livremente e não dependemos mais de uma rádio que sempre impôs a música que quis ao público.Foi através do youtube que descobri que a ida do homem a lua foi uma mentira,pois um cientista russo explicou que o homem é dependente do magnetismo terrestre e não pode se distanciar muito do nosso planeta,aliás não parece estranho apenas uma pessoa ter ido a lua.Através da internet temos blogs como o seu para combater todos os "Ratos" - estejam eles na mídia, governo ou xadrez ! ! !
Parabéns amigo Maia por mais esta aula de história prestada a comunidade enxadrística, eu não sabia que allende tinha sido deposto em um 11 de setembro.Muito obrigado pela informação.
Esta é a convergência - preocupada com o xadrez e também com a cultura.
A nossa atitude já diz tudo ! ! !
Maia, parabéns pelo artigo!!
Muito oportuno, lembrar de alguns atos da saga homicida gerada pela ganância de governos como o dos Estados Unidos!
Caro Patrício, não acredite nas lendas ridículas da Internet, feitas para enganar os incautos.
"O homem não foi à Lua.", só falta dizer que São Jorge não deixaria!! Rsrsrsrs...
Em vez de acreditar nesta história ridícula da Dolly, procure consumir "Mineirinho" ou "Convenção", que na sua fábrica ostenta uma grande Bandeira do Brasil, juntamente com a inscrição "100% Brasileira".
Clap, clap, clap!!
Muito bem dito, parabéns!!
Caro Paulo levy,
Bem, o Jornal Folha de São Paulo cobriu todo o caso do refrigerante Dolly.Não estou contando algo que ouvi na esquina, mas estou baseado nos fatos que aconteceram no congresso nacional e a folha de são paulo cobriu o fato à época.É só vc pesquisar filho.
O Dono do Dolly gravou tudo, ninguém aqui está inventando nada.
Com relação a suposta ida do Homem à lua - Um dia eu também acreditei nesta falácia, até o dia que eu me perguntei: Puxa vida - A Rússia até hoje não foi à lua e nenhum outro país conseguiu este feito,e o próprio EUA só enviou o Homem à lua apenas uma vez?
Caro levy - Um dia eu já fui de direita e defendi muito os Estados Unidos, mas hoje afirmo que os EUA são o país da mentira.
Vc também acredita que o Bin Ladin está morto? Ora,ora - Os EUA capturaram o Sadddam vivo e ele foi julgado e isso foi mostrado para o mundo inteiro, mas o Bin Ladin que era muito mais odiado eles não mostraram nada para ninguém, acreditar nisso é a mesma coisa que acreditar na atual administração da fexerj, não, não, Eu não acredito em mentiras.
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