quinta-feira, 6 de agosto de 2009

293- A bunda, que engraçada

A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai pela frente do corpo.
A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas em rotundo meneio.
Anda por si na cadência mimosa, no milagre de ser duas em uma, plenamente
A bunda se diverte por conta própria.
E ama.
Na cama agita-se. Montanhas avolumam-se, descem.
Ondas batendo numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda.
Vai feliz na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda, redunda.

Um comentário:

Big Alex disse...

Como admirador de uma boa bunda, gostaria de Parabeniza-lo que profundidade da prosa!

Abraços,

Big Alex