Tenho em minha cabeceira um livro de ensino de xadrez para crianças, com foco para a atuação posterior em torneios. É o melhor livro na matéria (1ª edição em 1986) que vi até hoje. Tem uma metodologia calcada em um treinamento firme prévio de visualização mental do tabuleiro (se deve começar o ensino apresentando a "área de trabalho", o tabuleiro vazio! ). Já escrevi várias vêzes aqui que comungo com fé esses treinamentos básicos de visualização de tabuleiro. O que mais vi são professores queimando etapas no processo de aprendizado, mostrando aberturas antes da hora,etc. O aluno, assim, já cresce com lacunas de treinamentos específicos fundamentais.
O livro também apresenta alguns exercícios de aferição de habilidades e talento (basicamente visão espacial e propriedade das peças). O diagrama acima é um exemplo já meio manjado por treinadores e professores. O exercício consiste no aluno fazer uma viagem (só o cavalo joga, é claro) da casa a1 a a8 (tem que passar por b1, c1,..., h1,h2,f2,a2,a3,b3,etc, nessa sequência) sem utilizar as "casas minadas" (ocupadas e atacadas pelos peões pretos: c3,f3,c6,f6,b2,d2,b5,d5,e5,g5,e2,g2). Óbvio que o exercício deve ser cronometrado, estipulando-se uma punição quando "pisar uma mina".
Convido os leitores, independente da força de jogo, a fazer o exercício, cronometrando o "tempo da viagem". Mas vejam, acima de tudo, como um lazer, afinal, na vida todos têm seu tempo para fazer as coisas!
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Bom fim de semana!
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